Cicatrizes e fibroses pós-cirúrgicas
Todo tecido submetido a uma cirurgia sofre algum tipo de lesão. Alterações, como edema (inchaço) e equimoses (manchas roxas) fazem parte do processo de restauração da lesão e podem ser tratadas, possibilitando uma recuperação mais rápida.
A fibrose nada mais é do que a cicatriz interna. Um tecido predominantemente composto por colágeno, que, sendo menos elástico que a pele normal, dá comumente uma sensação de repuxamento e endurecimento leve, principalmente nos três primeiros meses depois da cirurgia. Com o passar do tempo, a fibrose vai diminuindo e a região vai ficando mais maleável.
Porém, em alguns casos onde há propensão genética, há um processo de cicatrização irregular, com formação de fibrose subcutânea persistente, com nodulações e retrações da pele, isto é, aderências prendendo a pele ao músculo. Visivelmente, percebemos muitas vezes depressões, ondulações e assimetrias.
Fibrose tem tratamento, independentemente do tempo.
Uma técnica é a liberação tecidual funcional (LTF), uma técnica manual de reorganização do tecido cicatricial, realizada por fisioterapeuta capacitado.
Drenagem linfática é importante, em essencial em cirurgias com grandes descolamentos de pele, pois minimiza a retenção de líquido. Quanto mais retenção de líquido, maior a fibrose.
Tecnologias, como a radiofrequência e ultrassom, apresentam ótimos resultados, melhorando a mobilidade do tecido cicatricial, diminuindo ondulações e melhorando a qualidade da pele. Esses dois procedimentos melhoram, além disso, circulação sanguínea e linfática, reduzem o edema e atuam na desintoxicação do tecido.
Essas técnicas, dependendo de cada caso, podem ser conciliadas, potencializando os efeitos.
Quanto mais precocemente tratada, maior a chance de sucesso, pois fibroses antigas, já endurecidas, são mais espessas que fibroses nos estágios iniciais (14 a 21 dias após a cirurgia).
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