Além disso, os músculos faciais enfraquecem e se distendem, e os depósitos de gordura, que normalmente dão à face um aspecto arredondado e suave, descem e diminuem, criando áreas fundas. O conjunto dessas mudanças cria rugas profundas, papadas e flacidez da pele na parte inferior do rosto.
A cirurgia de rejuvenescimento facial ameniza esses sinais de envelhecimento, restaurando com isso uma aparência mais firme e jovem. É possível:
- elevar o canto externo da sobrancelha,
- suspender a região das bochechas,
- esticar a pele do pescoço,
- diminuindo as papadas e o duplo queixo,
- reduzir os sulcos ao lado da boca e em torno dos lábios.
Enfim, levanta-se a pele, erguendo o visual da face como um todo, de maneira harmoniosa para deixar a face naturalmente mais jovem, com aparência saudável, mais firme e descansada.
A conduta permite resultados bastante naturais desde que cirurgião e paciente discutam detalhadamente as possibilidades.
É importante lembrar que um lifting não corrige as linhas finas ou as irregularidades de forma e textura da pele.
Observe-se que, no lifting completo, o descolamento da pele e o acesso às estruturas profundas são maiores do que no chamado mini lifting, um procedimento mais rápido, menor e com menos cicatrizes, porém com resultado limitado, com tratamento de estruturas mais laterais e menor ressecção de pele. Cada um tem a sua indicação.
Qual a idade ideal para realizar um lifting facial?
Não existe uma idade ideal para realizar um lifting facial. Tudo dependerá das alterações anatômicas, da condição bio-psico-social da pessoa e condições de saúde que permitam uma intervenção cirúrgica.
Na maioria das vezes, o lifting é realizado entre os 45 e 55 anos.
Mas há casos de distúrbios como a síndrome da cutis laxa, na qual há uma grande flacidez cutânea facial em pessoas muito jovens, bem como casos de pacientes com idade bem mais avançada e boas condições de saúde, que podem se operar sem problemas.
Resumindo: O mais importante é a condição de saúde da pessoa e não sua idade!
Cicatrizes
No lifting clássico, as incisões são colocadas no couro cabeludo (escondidas sob o cabelo), e na parte anterior e posterior à orelha. As cicatrizes tendem a ficar bastante discretas e camufladas.
Pós-operatório
O fumo diminui sensivelmente a irrigação sanguínea. A pele da face é muito fina e, por isso, mais suscetível a problemas causados por deficiências na irrigação sanguínea, como epiteliose (proliferação de células epiteliais) ou mesmo necrose. Por isso, em especial no caso do lifting facial, é altamente recomendável evitar o fumo ao menos um mês antes e um mês depois da cirurgia.
É rara a ocorrência de dor no pós-operatório. Um analgésico comum pode resolver o problema.
Intercorrências comuns no pós-operatório são: hematomas, seromas (acúmulo de líquido que precisa ser puncionado), inchaço, deiscência (abertura de ponto), pequenas assimetrias, paralisia temporária de nervos.
São raras: necroses extensas de pele, cicatrizes inestéticas (cicatriz alargada e queloide), assimetrias faciais permanentes, paralisia permanente de nervos.
Todas relativamente domináveis por intervenções pós-cirúrgicas.
Na maioria dos casos, ocorrem inchaços leves ou moderados, que cedem por volta da 2ª semana, e pequenas áreas de abertura das feridas, em especial atrás das orelhas, que melhoram por volta da 3ª semana com uso de pomadas específicas.
O hematoma é a complicação aguda mais frequente, durando 1 (uma) ou 2 (duas) semanas, mas prontamente tratada, não causa maiores problemas.
O processo de recuperação dura geralmente de 2 (duas) a 3 (três) semanas.
É interessante planejar a cirurgia de tal forma a permitir um afastamento do convívio social por aproximadamente 15 dias, pois existirão feridas operatórias com pontos e pequenas crostas, equimoses (roxos) e edemas (inchaços) que podem motivar comentários desfavoráveis.
O retorno às atividades profissionais dependerá do tipo de trabalho realizado. Entre 2 a 3 semanas geralmente este retorno é possível.
Mesmo que já se sinta apto(a) a retornar ao trabalho em 1 (uma) ou 2 (duas) semanas, recomenda-se evitar atividades pesadas, como a prática de exercícios ou levantamento de peso, por até 1 mês, de modo que seu corpo tenha tempo suficiente para cicatrizar.
É recomendada a realização de drenagem linfática para acelerar e potencializar o processo de diminuição do edema (inchaço). As manchas são reabsorvidas e o resultado da cirurgia é perceptível após cerca de 30 dias.
Caso seja utilizado um dreno cirúrgico, ele geralmente será retirado um dia após o procedimento, e as suturas que não são absorvidas são removidas de 7 (sete) a 15 (quinze) dias após a cirurgia.
Exposição ao sol e ao calor intenso deve ser evitada enquanto houver equimose (manchas roxas), no mínimo até o 2º mês. Mas o ideal é evitar sol e calor intenso até o 3º mês pós-operatório, para minimizar reações como a hipercromia (escurecimento da região das cicatrizes). Deve-se usar sempre protetor solar.
Fatores que podem interferir no resultado final da cirurgia são: assimetrias faciais preexistentes bem como rugas e sulcos resistentes.
Na consulta de avaliação pré-cirúrgica, esses fatores são avaliados, juntamente com outros como grau de elasticidade / flacidez da pele, sulcos, rugas e depressões.
Tratamentos complementares, como uso de cremes, toxina botulínica (Botox), preenchimento facial, peelings químicos, laser etc., podem ser recomendáveis, dependem do tipo de pele e das alterações pré-existentes.
A duração dos resultados do lifting facial oscila entre 3 (três) e 10 (dez) anos, podendo ser maior em caso de uma qualidade de pele favorável. A cirurgia retarda, mas não interrompe o processo de envelhecimento evolutivo do organismo. Mas o lifting facial pode ser repetido sem maiores problemas.