É a cirurgia realizada para reduzir ou eliminar os excessos laterais do contorno corporal, denominados “pneuzinhos”, anatomicamente posicionados logo acima da nádega fazendo a circunferência da cintura. Esses acúmulos são mais comuns no corpo feminino devido à maior tendência feminina à flacidez de pele e ao acúmulo de tecido adiposo como reserva nutritiva para a gestação.
A cirurgia é indicada para pacientes que perderam muito peso e apresentam flacidez dérmica e muscular na parte inferior do torso. Quando se aumenta muito de peso e depois se emagrece de novo, a pele se distende excessivamente e acaba perdendo elasticidade. Nesses casos, por mais que a pessoa emagreça ou faça lipoaspiração, sempre haverá uma grande sobra de pele.
Essa cirurgia é frequentemente realizada em conjunto com a abdominoplastia.
Esse procedimento permite, além da eliminação dos excessos de pele na região do tronco, também a elevação dos glúteos, uma vez que faz a circunferência completa em torno da cintura na altura do biquíni.
No Brasil, é escassa a quantidade de médicos que dominam as técnicas para execução de uma cirurgia plástica em ex-obesos, uma vez que pacientes que perderam 40 quilos ou mais apresentam extrema flacidez e sobras de pele com pouca base de colágeno, tornando a cirurgia ainda mais delicada, em consequência da perda de elasticidade da pele.
A cirurgia consiste no prolongamento da incisão da abdominoplastia, que irá até as costas, desta forma retirando gordura deste local.
A cicatriz localiza-se horizontalmente na lateral do quadril, prolongando-se em maior ou menor extensão, dependendo do volume de pele a ser corrigido.
De qualquer forma, esta cicatriz é planejada para ficar disfarçada, contornando a cintura e ficando numa posição onde toda ela se esconde atrás de um biquíni ou da roupa íntima.
O pós-operatório e o período de recuperação da flancoplastia / torsoplastia é semelhante ao da abdominoplastia.
Não são deixados drenos.
A área operada costuma ficar roxa e inchada por cerca de 1 (um) mês.
A pessoa tem de ficar deitada nas primeiras 24 horas. Depois, é aconselhável que caminhe pequenos percursos dentro de casa, algumas vezes ao dia, por 2 (duas) semanas, quando costuma acontecer a retirada dos pontos e o retorno ao trabalho.
Normalmente o banho completo poderá ser tomado após a retirada dos curativos, o que ocorrerá em sua 1ª revisão. As cirurgias que envolvem tronco e que estão relacionadas a grandes incisões e tração de pele, como é o caso da abdominoplastia, demandam esse cuidado.
Para tornar a recuperação mais rápida, recomenda-se usar cinta compressiva durante o dia por no mínimo 30 dias, até alta médica, e fazer sessões semanais de drenagem linfática.
A retomada das atividades mais intensas, como caminhadas e ginástica localizada, bem como do banho de sol (com bloqueador solar) só é possível a partir de 30 dias. Para carregar peso, fazer musculação e dirigir, é melhor aguardar mais 30 dias.
A retirada dos pontos poderá ser iniciada entre o 8º e o 15º dia, devendo ser feita de maneira seletiva, nos dias que se seguem. Raramente a retirada total passa de 3 (três) semanas.
Raramente a cirurgia de flancoplastia traz sérias complicações, desde que realizada dentro de critérios técnicos. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia simultaneamente a outras.
Vale ainda observar que, em caso de pacientes muito obesos(as), poderá ocorrer, após o 8º dia, a eliminação de certa quantidade de líquido amarelado ou sanguinolento, por um ou mais pontos de cicatriz. Não se preocupe, porque, se isto lhe ocorrer, não significa complicação.
Apesar de muito raras, vale citar que podem ocorrer, independentemente da atuação criteriosa do médico, complicações tais como: alergias, infecções, necroses, retrações, dificuldades de cicatrização, edemas (inchaço), hematomas (acúmulo de sangue, geralmente na camada subcutânea da incisão) ou seromas (coleção de gordura liquefeita, soro e líquido linfático, que se forma sob a incisão cirúrgica).
O pós-operatório da flancoplastia não costuma ser muito doloroso. Existe, sim, dor pós-operatória, que é proporcional à extensão do procedimento cirúrgico e da existência de outras cirurgias associadas. Mas lembrando que a dor é uma reação individual, que pode ser resolvida com o uso de analgésicos comuns.
Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao queloide. Clique aqui para saber mais sobre a evolução das cicatrizes.
Mas, resta ainda acrescentar algumas observações sobre o novo abdome, no que tange à sua consistência, sensibilidade, volume, etc.
Nos primeiros meses, a região apresenta uma insensibilidade relativa, além de estar sujeita a períodos de “inchaço”, o que regride espontaneamente.
Numa 2ª fase, o abdome poderá ficar com aspecto de “esticado” ou “plano”. Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado os exercícios orientados para modelagem, vai-se gradativamente atingindo o resultado definitivo. Nunca se deve considerar como definitivo qualquer resultado, antes de 12 a 18 meses pós-operatórios.
Assim, o resultado já começa a surgir no primeiro mês, mas as formas definitivas só aparecem após no mínimo 6 (seis) meses. Pois o resultado final depende das diversas fases características da evolução cicatricial bem como da evolução da forma da região operada, da sensibilidade, consistência, etc..
Um curto período de depressão emocional poderá ocorrer nas primeiras semanas, devido ao aspecto transitório, e geralmente advém da ansiedade de se atingir o resultado final, o quanto antes.
O tempo e o seu organismo se encarregarão de dissipar pequenos transtornos. Toda e qualquer preocupação da sua parte deverá ser transmitida ao seu cirurgião, que poderá tranquilizá-lo(a) e orientá-lo(a) a respeito.
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